Os astros em Novembro na crise do Euro

Os conflitos por razões financeiras dominam o mês. Basta ver as notícias para se antecipar tal facto mas os ciclos planetários dão informações subtis que podem ajudar a interpretar a cadência e direcção dos acontecimentos.

Antes de verificar as datas em que a intensidade astral se manifesta mais intensamente, em primeiro lugar é necessário olhar para o enquadramento geral deste mês de conflito. Tal como em Outubro e até meados de Dezembro, os planetas lentos, Urano, Neptuno e Plutão, cujos trânsitos, respectivamente de ruptura, diluição e regeneração, denunciam a conjuntura geral, encontram-se nos mesmos graus e nos mesmo signos que ocupavam em Abril, Maio e Junho de 2010. E Marte, o planeta da acção, também repete as suas posições.

Por isso, este mês, tal como no mês passado, e na Primavera de 2010, vamos ter como pano de fundo, a necessidade de apoio à Grécia, o desenvolvimento de redes de segurança financeira europeias para apoiar não só a Grécia, Portugal e a Irlanda- os países intevencionados pela Troika,- mas outros que vierem a precisar como a Espanha, e também a acção e limites das agências de notificação vão estar na baila, pelo seu impacto e pela acção de classificação nacional, como já fizeram no final de Outubro, com a França e a Espanha.

Esta repetição das posições dos planetas lentos deve-se ao seu movimento de retrogradação que os leva por vezes a passar três vezes no mesmo ponto do horóscopo. Na primeira vez tomamos dramaticamente consciência de uma situação, na segunda, que é agora, entendemos que há que fazer mudanças e não se pode aguentar a situação com respostas antigas e por ultimo, quando os pontos são ultrapassados, o que acontecerá em 2012, encontramo-nos numa situação sempre estruturalmente diferente.

Plutão entre os 5 e 6 graus Capricórnio, na casa IV, força transformações no tecido sobre o qual a União europeia e o Euro estão construidos e obriga á definição de novas regras. Essa regeneração das regras visa a regulamentação das dívidas públicas simbolizadas por Plutão e ainda a estrutura de avaliação e de resposta colectiva à crise financeira.
Urano, ainda retrógrado entre os 1 e os 0 graus de Carneiro, trabalha a contestação e ímpetos de liberdade da malha social, exigindo soluções novas. Por estar na cúspide da Casa VII, pode agitar rupturas nas parcerias políticas.
Neptuno que entra directo, mas fica todos o mês nos 28 graus de Aquário, dilui as estruturas sociais rígidas, coloca todos no mesmo pé enquanto nos faz idealizar novas condições sociais e políticas.
E Marte, com ciclos de dois anos, tal como em Junho de 2010, passará de Leão para Virgem, mudando o enfase da acção para o sector laboral, com maior pressão sobre leis e salários e também maiores reações por parte dos visados. Marte em Virgem a partir do dia 11 de Novembro estimula o sentido crítico entre os parceiros comunitários mas também permite ir de detalhe em detalhe tentando estabelecer o ordem onde reinar o caos ou a ilusão.
Saturno, que, por onde passa indica a necessidade e esforço de reorganização, continua em Balança, entre os 22 e os 25 graus, assinalando uma longa fase que já vem desde Julho de 2010, de procura de equilibrio nas relações diplomáticas e entre parceiros sociais. Como transita a casa do Ascendente dos céus da zona Euro, significa também que a imagem da União está em fase de revisão e que se anuncia um novo ciclo de estruturação interna. As justas relações entre os parceiros comunitários são o que este Saturno exige e, as revisões das regras, acordos e modos de concertação são inevitáveis.

É de recordar que em Junho de 2010, o governo grego anunciou a aceleração do processo de privatização dos correios, água e gaz para reduzir a divida publica, a Alemanha fez cortes orcamentais, em Espanha sucederam-se as greves do sector público, em Portugal aprovou-se o segundo PEC, as agências de notificação baixaram os ratings das dívidas publicas e as manifestações públicas provocaram o caos em Atenas, Madrid e Roma. Todos estes eventos vão ter novos ecos em Novembro de 2012, mas numa base posterior tendo em vista a transformação até agora, das regras e circunstâncias que lhes deram origem.

Neste quadro geral, durante este mês de Novembro, as posições do Sol, Lua, Mercúrio e Vénus anunciam onde está o foco da acção politica, da opinião pública, o diálogo e a necessidade de entendimento.
O trânsito do Sol pela constelação de Escorpião, até dia 23 de Novembro põe toda a energia governativa da Zona Euro na resolução dos conflitos provocados pelas dívidas e outras questões dos fundos comunitários e na partilha financeira. Chegar á harmonia através do conflito é a essência de Escorpião, quando alinhado com objectivos maiores, tais como definidos pelo Sagitário, onde Mercúrio e Vénus transitam este mês,em simultâneo. Ou seja, o planeta da comunicação e o planeta das relações e da riqueza estão, em Novembro, iluminados pelas estrelas que expandem os horizontes e apontam um caminho para a resolução dos conflitos vividos em Escorpião. Há conflito, dirigido, intenso, transformador ou suicida, mas também há ideias novas e a vontade de seguir em frente.

O Sol, por estar em Escorpião, vai transitar a Casa II do horóscopo do Euro, do Tratado de Roma e das adesões da Grécia, Portugal e Espanha, reforçando a importância dos fundos próprios e das dívidas de todos os intervenientes da crise. A banca, os mercados e instituições financeiras serão o ponto fulcral da acção política. Este trânsito é sempre uma lição sobre o correcto uso dos recursos próprios. Como adquirimos os nossos bens ou como desenvolvemos as nossas crenças, o que fazemos com o que possuimos, como defendemos os nossos valores, tudo isso é a interrogação que temos de responder quando o Sol passa numa Casa II de Escorpião. E é com essas questões que os governos da Zona Euro vão ter que lidar de forma a conseguir mais segurança através da regeneração dos recursos próprios, através da dua concertação politica e financeira e também com a banca e agentes financeiros privados.

Mercúrio e Vénus em Sagitário, durante a maior parte do mês, transitam a Casa III dos céus da Zona Euro iluminando a importância dos meios e vias de comunicação e das bancas e redes comerciais e da procura de soluções no âmbito da concertação ou fusão entre países vizinhos. As privatizações nos Transportes, Banca, Media são uma possibilidade deste trânsito. A entrada de Vénus em Capricórnio dia 27 prepara as tranformações estruturais da organização da dívida mais vísiveis a partir de 2 de Dezembro.
A entrada de Marte em Virgem no dia 12 anuncia mais cortes nos sectores laborais e também mais greves e contestação, com objectivos e em sectores bem definidos, nomeadamente os dos Transportes, Correios, Telecomunicações e pequeno comércio.

Os dias mais activos astrológicamente nos céus da Zona Euro são os seguintes:

de 30 de Outubro a 2 de Novembro
-a pressão política e os esforços de reforma financeira incidem particularmente sobre um ou mais países membros do Tratado de Roma, sendo talvez a Itália a mais atingida
( Vénus III quadrado Plutão XI)

2, 3 e 4 de Novembro
– Dias de acção global com o quarto crescente da Lua em Peixes
– Na Grécia o potencial de ruptura com os parceiros comunitários ou por especulação financeira é grande e pede transformação no serviço da dívida, intervenções da banca e da administração pública. ( Marte XI quadrado a Urano II). O foco da acção governativa esttá num resposta instintiva á insegurança causada pela falta de recursos nacionais e divida externa (Sol conj Lua II Escor.)
– A relação de Portugal e Espanha com os parceiros comunitários é exaltada e visa a afirmação dos objectivos financeiros nacionais. ( Sol II conj Marte)
– No céu dos países do Tratado de Roma a frustração, depressão financeira e peso do controlo da dívida pública atinge um ou mais membros.( Venus III con Sat)
– Para o Governo de Passos Coelho são favorecidas as relações financeiras com os parceiros europeus. ( Sol II
conj Marte reg VII)

4 e 5 de Novembro
– O Euro sai reforçado das negociações e tem bons ecos nos mercados ( Marte sextil NN)
– No governo de Passos Coelho, um sextil de Vénus a Urano traz oportunidades financeiras nos sectores energéticos e do investimento.

6 e 7 de Novembro
– Nos horóscopos do Tratado de Roma e da adesão de Portugal e Espanha, Mercúrio e Vénus respectivamente opostos e quadrados a Saturno salientam a austeridade e controlo financeiro depressivo sobre a economia e peso de pagamento da dívida pública

De 8 a 10 de Novembro
– Oportunidade de estabilização da situação da Grécia com apoios externos financeiros e estruturais ( Venus sextil a Saturno)
– Marte conjunto a Plutão no horóscopo do Tratado de Roma traz acção comum de transformação da posição da dívida pública dos parceiros,ou da dívida de um dos países como a Itália, na cena internacional.
-Bom momento para o governo de Passos Coelho para relações públicas na área financeira mas dificuldades nas áreas dos Media, Transportes e dos trabalhadores em geral

De 12 a 15 de Novembro
– Organização das relações e acordos financeiros, bancários e económicos nos países do Tratado de Roma. A regulamentação bancária devido á necessidade de recapitalização é a chave destes trânsito de Vénus conjunto a Saturno na III

13 de Novembro
– Marte entra na Casa XII do horóscopo da adesão grega promovendo a acção sigilosa dos parceiros comunitários no desenvolvimento da resolução da crise grega.

14 e 15 de Novembro
– o Governo de Passos Coelho desdobra-se acção diplomática para lidar com a situação economica interna e com a dívida externa ( Vénus oposto a Vénus)

16 a 18 de Novembro
– No horóscopo da adesão grega, Vénus e Mercúrio conjuntos a Vénus na III trazem reforço financeiro externo a banca e sectores públicos
– Nos horóscopos da adesão portuguesa e espanhola, Marte em trígono a Neptuno incita os parceiros comunitários a contribuirem para a propaganda ou idealização do que devem ser as bases da relação e do serviço da União. Simultâneamente novos acordos ou iniciativas financeiras podem beneficiar os países ibéricos.

18 a 19 de Novembro
– Impulsos de ruptura com a situação ou de transformação das condições existentes, tensões governativas e no sector financeiro são estimuladas na Grécia pela conjunção do Sol a Urano enquanto que as disputas se agravam no conjunto dos países do Tratado de Roma com um quadrado de Marte a Marte.

20, 21 e 22 de Novembro
-Com uma quadratura do Sol a Neptuno, as acções colectivas podem ter por base a ilusão ou o engano. A falta de clareza domina e a relação das decisões com a realidade pode ser obscura. Isto afecta o apoio financeiro à Grécia com a conjunção de Vénus a Neptuno, acentua as dificuldades de entendimento entre os parceiros europeus sujeitos ainda a um quadrado de Marte a Marte e afecta a leitura do que deve ser o apoio à transformação da situação financeira em Portugal e Espanha. É também neste quadro que se realizam dia 20 eleições gerais em Espanha.

21, 22 e 23 de Novembro
-Sob um aspecto geral de Marte em trígono a Plutão que intensifica a energia transformadora e a liderança política no caminho da restruturação da dívida e da organização do enquadramento financeiro de apoio ao Euro, verifica-se no horóscopo da adesão portuguesa e espanhola uma oportunidade de transformação da situação financeira e intensificação dos investimentos monetários em simultâneo com enormes responsabilidades, conflitos de poder e ambições restringidas.
-A Vénus conjunta a Plutao, Marte em trigono a Vénus e Marte quadrado a Saturno acresccenta-se ainda Marte quadrao a Lua e tensão entre autoridade e opinião pública.
-Durante estes dias, governo de Pedro Passos Coelho vê o seu sentido governativo e orçamental apoiado popular e financeiramente com Vénus conjunto ao Nodulo Lunar Norte, seguido de alguns confrontos politicos internos com a oposição de Marte ao Sol.
-No dia 23, Mercúrio inicia um perído de retrogradação até 13 de Dezembro dificultando a concretização de planos, criando confusões e atrasos e obrigando a toda a atenção negocial.

24, 25 e 26 de Novembro
– Um eclipse parcial do Sol a 2 graus de Sagitário, na cuspide da Casa III do ceu da adesão grega pode representar a atribuição de novo pacote de ajuda financeira , em resposta aos eclipses de Junho e Julho.
– Nos horóscopos da adesão de Portugal e Espanha, este eclipse conjunto a Saturno e quadrado a Lua reforça a insegurança financeira, a dificuldade das contenções orçamentais e problemas de avaliação e restruturação bancária
– No horóscopo do Governo de Passos Coelho, a contestação pública à acção governativa atinge novas dimensões
– A entrada de Vénus na casa IV do Euro valoriza a riqueza e a organização interna comunitária e prepara o anuncio de novas transformações estruturais da divida para dia 2 de Dezembro

27 a 30 de Novembro
-A atenção governativa em Portugal vira-se para as questões orçamentais, a reorganização da administração pública e outras questões  internas e a tendência geral é apaziguadora. Esforços de concertação social, preocupações com o investimento interno, agricultura, imobiliário, riqueza natural do solo e regras de funcionamento da adminstração pública. No entanto, a conjunção de Vénus a Neptuno no horóscopo da adesão pode levar a uma idealização da acção financeira e política assim como o quadrado do Sol a Quiron ilustra o esforço de contenção do descontentamento dos parceiros nacionais e estrangeiros.

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